quarta-feira, 30 de março de 2011

Petróleo irriga a economia de Santos

Em cinco anos, só a Petrobras investiu R$ 25 bilhões na região e planeja mais que dobrar esse valor até 2014


Nelson Rocco, enviado especial a Santos
30/03/2011


Por conta da exploração da maior bacia sedimentar brasileira de petróleo e gás no mar, a Bacia de Santos, a Petrobras já investiu na região US$ 15 bilhões – algo em torno de R$ 25 bilhões - em cinco anos. “Só no pré-sal, nossa previsão é investir US$ 33 bilhões (R$ 54,5 bilhões) até 2014”, afirma José Luiz Marcusso, gerente-geral da estatal em Santos, no litoral paulista. A área do pré-sal se estende de Santa Catarina ao Rio de Janeiro.


Marcusso diz que hoje há 24 sistemas em funcionamento na região de Santos, com cerca de 100 pessoas trabalhando em cada um. São 17 sondas de perfuração e equipamentos perfurando na área e mais sete sistemas produzindo petróleo e gás. “Três deles estão no pré-sal. É uma grande revolução”, avalia o executivo. Cada um desses sistemas tem um barco de apoio. “São entre 3.000 e 3.500 pessoas no mar. E mais 1.000 pessoas em terra para dar suporte a essas operações”, diz ele.


Toda essa movimentação está irrigando a cidade de Santos. Ela passa por um momento único de renovação. “Santos vive hoje o seu melhor cenário nos últimos 50 anos”, afirma João Paulo Tavares Papa, prefeito da cidade. “Por isso, estamos nos preparando.” Essa preparação, segundo ele, passa por projetos em parceria com a iniciativa privada e também com organismos de fomento.


A Petrobras, além de toda a operação, está construindo na área conhecida como Valongo, bem próxima ao Porto de Santos, sua sede para a região. Comprou por R$ 15,18 milhões um terreno onde irá erguer três torres. A primeira está orçada em cerca de R$ 400 milhões, deverá ficar pronta em 2013 e receber 2.200 pessoas. Em todo o complexo, que deverá estar construído até 2017, serão 6.100 funcionários.


Diante dos valores, Marcusso avisa: “Para perfurar cada poço, gastamos entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. Um projeto total de petróleo e gás, dependendo do porte, passa de US$ 4 bilhões, US$ 5 bilhões”.


Segundo o executivo da Petrobras, o plano para o pré-sal é que em 2017 a Bacia de Santos esteja produzindo 1 milhão de barris de petróleo equivalente por dia. “O Brasil levou de 1953, data da criação da Petrobras, até 1998 para atingir a média de 1 milhão de barris/dia”, lembra.

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